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Na revista Sábado de há uns tempos atrás veio um artigo sobre o novo acordo ortográfico e a comparação com as dificuldades de impor a reforma ortográfica em 1911. Escritores da altura não concordavam com as alterações. Pessoa achava que se "desprezava a dimensão gráfica das palavras" ao substituir o y por i e o ph por f. Mas foi a maneira encontrada na altura para uniformizar as várias ortografias que existiam, quase tantas como as pessoas que sabiam escrever. Embora contra a vontade dos escritores, que continuaram a escrever segundo as suas regras, a reforma foi publicada em Outubro de 1910 e aplicada no ensino e documentos oficiais.
E isto vem a propósito de quê? De actualmente se estar a passar algo parecido com o acordo ortográfico. Ainda muita gente não adoptou. Eu sou uma delas. Acho estranho estar a escrever/ler palavras que sempre vi escritas de uma maneira e que agora são escritas com um ar abrasileirado. Nada contra o abrasileirado, atenção, mas não me soa parece bem. São cada vez mais os jornais, revistas e até a RTP já aplica este novo acordo mas pela minha parte continuo com o português que aprendi na escola e que alguns senhores resolveram que devia levar umas alteraçõezinhas.
Se se preocupassem com outras coisas bem mais úteis (como por exemplo, com o ensino do... português, para que não se vissem tantos erros ortográficos por aí) e deixassem o acordo ortográfico na gaveta, sossegadinho e em paz....
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