Um gesto pequeno...
Nos últimos dias, desde o acidente que sofreu o Angélico Vieira, discute-se muito sobre o uso do cinto de segurança. Mas não devia. Não devia discutir-se sobre um gesto que devia ser tão automático como rodar a chave na ignição. Podem vir os defensores de que o cinto ás vezes acaba por não salvar a vida e até causar lesões mas, se mais provas fossem precisas, neste caso o ferido ligeiro era o único que levava o cinto posto e, provavelmente, as lesões dos feridos graves, se calhar, teriam sido menos graves e mais provável ainda seria a vitima mortal ter escapado com vida. Nunca se vai ter a certeza mas...
Lembro-me de há muito anos atrás, uns tios meus terem um acidente em que as lesões que sofreram foram provocadas pelos cintos de segurança. Mas foram lesões de que recuperaram totalmente e cá continuam ao pé de nós. Mas, se não fossem os cintos de segurança, quem sabe...
Tive um professor de Socorrismo no liceu, paranóico pela segurança rodoviária numa altura em que o cinto de segurança não passava de um adorno, longe de ser obrigatório, que dizia que, até para ir ao fundo da rua buscar o jornal, colocava o cinto. Nunca me esqueci destas palavras e hoje, para mim, é um gesto automático. Até para ir ao fundo da rua. Não custa nada. E pode salvar-nos a vida.